O Que Significa o Louco no Tarot? Conheça sua Criança Interior
- Marina Jordão
- 7 de nov. de 2024
- 5 min de leitura
Atualizado: há 13 minutos
Quando buscamos entender o que significa o Louco no tarot, é comum encontrar respostas objetivas como coragem, liberdade, impulsividade. Embora esses traços estejam presentes, é possível irmos mais fundo.
O Louco representa mais do que um espírito aventureiro ou um início incerto. Ele é o ponto zero da jornada, onde tudo começa e termina. É a representação da nossa criança interior. Curiosa e corajosa, mas também vulnerável à imprudência.
Entre o risco e a ousadia, o Louco confia, mesmo sem garantias. E talvez, justamente por isso, ele carregue uma das mensagens mais profundas do tarô.
Quando nos perguntamos o que significa o Louco no tarot, a resposta mais adequada talvez esteja naquela vontade irresistível de simplesmente... se jogar. Todas nós, em algum momento, sentimos a pulsão pela liberdade, seja na adrenalina de uma decisão ousada, na descontração de uma piada ou na coragem de sair de onde tudo parece seguro.
O Louco é essa força crua, livre de filtros e regras, que desafia a lógica e segue o instinto. É a criança antes das cicatrizes, o artista antes das críticas, a criatividade antes da razão. Por isso ele carrega o número 0 na sequência dos 22 arcanos maiores, a única carta sem posição fixa.
A história da bagunça organizada
A pulsão pelo agito, pelo riso fora de hora, pela quebra das regras como forma de sobrevivência, não é invenção moderna. Desde sempre, agimos feito "Loucos" em muitos momentos da vida.
Na Roma Antiga, a Saturnália era mais do que um festival aleatório. Durante alguns dias, as normas sociais davam lugar ao excesso. Todos festejavam sem pudores. Mesmo parecendo se tratar de uma espécie de contenção social diante da ordem exaustiva, o desejo coletivo por liberdade já era reconhecido.
Já os Bobos da Corte, assumiram o papel de mensageiros disfarçados. Com suas roupas coloridas e risos encenados, eram os únicos autorizados a dizer verdades que mais ninguém ousava. Misturavam leveza e genialidade com uma liberdade que, paradoxalmente, só era possível em um papel social rigidamente aceito.
E quando a Saturnália deu origem ao Carnaval, ficou evidente que essa necessidade de desordem criativa não apenas sobreviveu, como se espalhou. Seja na avenida, no bloco, ou num meme viral, o espírito do Louco vive firme e forte.
Significado do Louco na Cultura
O arquétipo do Louco não se limita às cartas de tarô. Ele habita, silenciosamente, os símbolos que moldam nossa cultura. No baralho, o coringa, livre e imprevisível, é uma de suas personificações. Ele não obedece às regras, podendo aparecer de surpresa para mudar o rumo do jogo. Exatamente como fazemos quando deixamos a razão de lado e pensamos: "E se eu fizer diferente?".
No cinema, o Louco se veste de infância eterna e aparece como Peter Pan. Ele resiste à lógica do tempo, porque sabe que crescer envolve responsabilidade. Contudo, a percepção mais madura de Wendy, mostra que o equilíbrio é possível. Não se trata de negar o amadurecimento, mas de conciliá-lo à diversão da infância.
E se duvida que o Louco esteja presente até nas tramas mais inusitadas, basta lembrar do flautista mágico em Shrek Para Sempre. No momento do confronto, ele toca a flauta mágica e coloca todo mundo para dançar. Isso mostra o poder que a leveza tem de desarmar até os monstros mais temidos. Não é à toa que a flauta mágica, tradicionalmente, dissolve a cólera.
Nas artes plásticas, nomes como Picasso, Rouault e Buffet pintaram figuras, conscientes ou não, que carregam o espírito do Louco. As telas contemplam características similares as dos palhaços, que além da leveza, parecem expressar o conflito entre a fantasia e a realidade.
Na música, a trilha é rica e rebelde. Basta ouvir "Ovelha Negra" da Rita Lee, "Maluco Beleza" de Raul Seixas ou navegar os sete mares com Tim Maia. Não é por acaso que artistas são frequentementes representados pelo Louco em um jogo de tarô.
O Louco está onde a lógica falha e a alma quer respirar. E talvez por isso, em um mundo que exige respostas o tempo todo, ele ensine o valor das perguntas.
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Meu nome é Marina Jordão, e há cinco anos o tarô facilita a organização do meu raciocínio. Com apoio das cartas, passei a observar e ajustar melhor minhas emoções e atitudes, além de quebrar padrões e notar as possibilidades.
Nos últimos dois anos, venho me aprofundando no estudo técnico do tarô e na sua conexão com o comportamento humano. Quanto mais conheço, mais percebo a necessidade de desmistificar e fundamentar o assunto.
Em paralelo, estudo áreas do conhecimento humano, como psicanálise, filosofia e sociologia, o que torna as tiragens mais embasadas, inclusivas e seguras.
Como é uma tiragem de tarô comigo?
É uma conversa honesta e realista sobre você e seu momento. Eu interpreto as cartas, contextualizo e trago orientações a partir do jogo. Faço isso com cuidado, ética e imparcialidade. No tarô, a conversa pode incluir pontos delicados, como dúvidas, medos e desejos. Por isso, construir uma relação de confiança é muito importante.
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Escolha a tiragem e formato: você escolhe entre as opções de tiragem (Cartas na Manga ou Abrindo o Jogo) e decide entre receber uma gravação de áudio com imagem ou fazer uma videochamada.
Preencha um questionário rápido: o formulário ajuda a contextualizar sua questão e, no caso da videochamada, a sugerir uma data para a conversa.
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Esclareça: se alguma dúvida surgir a partir da tiragem feita, você pode solicitar um esclarecimento em até 5 dias após receber a gravação.
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Meu trabalho com tarô é inclusivo e imparcial, inclusive religiosamente. O que importa é você ter insumos para entender melhor a si mesma e o seu momento atual.
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Informada: você entende melhor a si mesma e o seu momento, incluindo seus pensamentos, sentimentos e atitudes, além do que acontece apesar de você (outras pessoas e circunstâncias).
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Amadurecer as ideias e emoções inclui lidar com dores e inseguranças. Ao decidir fazer uma tiragem de tarô, certifique-se de estar tranquila e preparada para isso. E claro, esteja ciente que o tarô não substitui qualquer outra forma de acompanhamento de saúde.
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Marina Jordão é taróloga, publicitária, pós-graduada em Marketing, gestora de conteúdo e criadora do Fundamentarô.
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