O tarô prevê o futuro? Entenda o que está por trás do jogo
- Marina Jordão
- 16 de jul.
- 6 min de leitura
Atualizado: 19 de ago.
Vivemos em uma cultura que exige decisões rápidas, mesmo quando não sabemos ao certo qual escolha fazer. Nossa habilidade natural de prever é tão estimulada na modernidade que, frequentemente, gera consequências como a ansiedade. E não por acaso, muita gente recorre ao tarô com essa expectativa.
A ideia de que o tarô revela o destino costuma dividir opiniões. Algumas pessoas acreditam que ele determina o que vai acontecer. Outras acham simbólico e subjetivo demais. E existe quem entende a previsão como uma tendência baseada nas circunstâncias atuais.
Quando o assunto é futuro, quem joga tarô sabe que, às vezes, as previsões se confirmam, em outras, não. A vida não é um mapa pronto. Nesse sentido, o tarô é um jeito de organizar em imagens o que está em jogo no seu momento atual para, então, você ver com mais clareza as possibilidades futuras.
A busca por previsões é natural: o cérebro odeia incertezas
Desde sempre, lidamos com o incômodo da dúvida. Em contextos simples ou não, o cérebro humano tem um impulso primitivo por antecipação. Ele bebe do seu repertório para avaliar o risco de novas experiências, e se não há elementos suficientes, a preocupação aumenta.
Sem elementos, buscamos pistas, fazemos suposições e podemos até distorcer fatos na tentativa de encaixar as peças e ter segurança. Emocionalmente, o sistema límbico (parte do cérebro) reage à incerteza despertando emoções, como medo e ansiedade.
É aí que práticas como a leitura de tarô entram. Diante de situações confusas ou instáveis, é normal ter a necessidade de organizar pensamentos, lidar com a incerteza e recuperar o senso de direção. Para isso, o tarô oferece uma estrutura simbólica que facilita pôr os pensamentos no lugar e visualizar melhor o que pode vir pela frente.
Por isso, mais do que julgar a vontade de prever, vale entender de onde ela vem. Buscar previsões é algo profundamente humano diante da complexidade da vida. A diferença está em como fazer isso e com qual objetivo.
Com ou sem tarô, prever não é uma escolha
Prever é uma habilidade cognitiva. O cérebro opera avaliando padrões, calculando probabilidades e antecipando o que pode acontecer. Quando você atravessa a rua, por exemplo, analisa em segundos a velocidade dos carros. Quando alguém não está em um bom dia, você imagina mil motivos. Essa é uma das formas mais sofisticadas de adaptação.
É aqui que entram diversas áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal, o hipocampo, a amígdala e o sistema de recompensa. Quando você reflete sobre uma situação, está colocando essas áreas em jogo. E quanto mais estruturada for essa reflexão, mais eficaz e confiável tende a ser o processo decisório.
A leitura de tarô organiza simbolicamente os elementos de uma situação, guiando seu raciocínio. As cartas não dão garantias, mas melhoram seu entendimento sobre o contexto e o desfecho provável.
O tarô prevê o futuro?
O cérebro humano busca sentido o tempo todo. Ele faz isso criando narrativas. Já notou que quando uma história está mal contada, você tenta encaixar as peças? Mesmo sem todas as informações, a mente tenta preencher as lacunas, podendo supor ou distorcer. O processo, conhecido como sensemaking, é essencial para que a gente compreenda a realidade e tome decisões. Mas também pode comprometer a clareza quando ocorre de forma desordenada ou emocionalmente enviesada.
É nesse ponto que a estrutura do tarô é potente. Ao refletir padrões humanos de comportamentos e emoções, o jogo oferece um “roteiro visual" que organiza sentimentos, atitudes e acontecimentos em uma sequência estruturada. Como num bom enredo, há personagens (os arcanos), conflitos (as cartas desafiadoras), aprendizados, possíveis desfechos.

A leitura de tarô facilita encaixar as peças da história, permitindo que você observe o seu contexto com mais coerência e lucidez. Isso reduz ruídos, reposiciona seu papel na história e favorece escolhas mais maduras.
Entre cenário e escolha: o papel do tarô nas possibilidades futuras
Muita gente ainda se aproxima do tarô esperando um “veredito”: vai dar certo ou não? Vou conseguir ou não? Esse tipo de expectativa parte de uma lógica fatalista, como se o futuro fosse algo certo e imutável. O objetivo da leitura de tarô não é fazer promessas, mas melhorar seu entendimento sobre o hoje e o que pode acontecer caso continue por esse caminho.
Funciona como em jogos estratégicos: você observa o tabuleiro, calcula os movimentos, analisa riscos e oportunidades. Entende comportamentos e emoções envolvidos para repensar posturas. A previsão mora nos desdobramentos a partir do cenário atual.

Dessa forma, a escolha de cada pessoa é regra do jogo. A leitura aponta o que tende a acontecer, considerando onde você está, como tem agido e o que pode ajustar. Isso muda completamente o papel da previsão: sai o medo e a passividade do “destino selado”, entra a clareza e o senso de direção.
O que faz uma previsão se concretizar?
Uma das perguntas mais comuns em uma leitura de tarô é: “Mas vai acontecer mesmo?” A resposta, na maioria das vezes, é: depende. O que se concretiza ou não depende da sua postura, das atitudes das pessoas envolvidas e das circunstâncias da vida. O ritmo flui e tudo muda a todo momento. A qualquer hora, um simples gesto pode alterar todo o cenário.
Entender onde você está e como está se movendo é meio caminho andado. Além da sua vontade própria, diversos outros fatores influenciam cada situação. Parte está sob seu controle, e outra parte, não.
No tarô, é a mesma lógica. As cartas mostram seu contexto e o desdobramento provável. Fatores como o amadurecimento, a mudança de perspectiva, as conversas importantes, a interpretação da taróloga e até os eventos externos podem interferir no desfecho previsto pelo jogo. Por isso, não se trata de ter certeza, mas de ler o cenário para desenvolver clareza.
Quer agendar uma leitura de tarô?
Meu nome é Marina Jordão, e há cinco anos uso o tarô para organizar meu raciocínio e desenvolver minha percepção. Com apoio dele, passei a analisar contextos com mais critério, ajustar comportamentos e tomar decisões mais coerentes.
Nos últimos dois anos, venho me dedicando ao estudo técnico e histórico do tarô, além da sua aplicação profissional. Quanto mais conheço, mais entendo a importância de fundamentar o assunto, tornando esse conhecimento acessível.
Além do tarô, me apoio em áreas como psicanálise, filosofia e sociologia, que oferecem base para as orientações, evitam vieses pessoais e contribuem para que a leitura respeite cada contexto.
Como é uma leitura de tarô comigo?
Meu papel é interpretar as cartas, contextualizar o jogo e orientar com base nisso. Faço isso com cuidado, transparência e imparcialidade. As tiragens costumam trazer à tona dúvidas, desejos, medos e escolhas, por isso criar uma relação de confiança é essencial.
Como funciona a leitura:
Traga sua questão: pode ser uma dúvida, um problema ou uma situação que você quer entender melhor.
Escolha o jogo e o formato: você escolhe entre as opções abaixo e define se prefere gravação e imagem ou videochamada.
Preencha um breve questionário: te envio um formulário rápido para coletar informações básicas sobre seu contexto. No caso da videochamada, lá você também vai sugerir um dia e horário para a leitura.
Leitura para explorar uma única situação.
Chamada ao vivo (20 min): R$ 87,00.
Gravação e imagem (envio no mesmo dia): R$ 47,00.
Leitura para explorar duas situações.
Chamada ao vivo (40 min): R$ 127,00.
Gravação e imagem (envio em até 2 dias úteis): R$ 67,00.
Leitura para ter uma visão ampla e integrada de múltiplas áreas da vida.
Chamada ao vivo (60 min): R$ 157,00.
Gravação com imagem (envio em até 4 dias úteis): R$ 77,00.
Após enviar sua resposta ao formulário, os passos são esses:
🎧 Se você escolheu gravação:
Você recebe o jogo gravado dentro do prazo.
Caso surja alguma dúvida decorrente do jogo, você pode solicitar um esclarecimento dentro de 5 dias.
📹 Se você escolheu videochamada:
Após o agendamento, você recebe o link de acesso à leitura ao vivo no dia marcado.
Depois da leitura, envio a imagem das cartas, a gravação do jogo e uma pesquisa rápida para saber como foi sua experiência.
Meu trabalho com tarô é inclusivo, responsável e sem vínculo com qualquer religião. Meu papel é facilitar sua análise através do tarô, conectando as mensagens ao seu cenário.
O que você leva da leitura?
Mais informação: entendimento sobre si mesma, seu momento, e o que está em jogo.
Mais alinhamento: consenso entre o que você pensa, sente e faz.
Mais direção: clareza para ser mais coerente com o que você quer.
Mais contexto: o encaixe das peças amplia sua percepção interna e do cenário exterior.
Nem tudo que surge é confortável. Olhar para si mesma envolve encarar pontos delicados. Por isso, esteja certa de que é um bom momento para esse tipo de conversa. E lembre-se: o tarô não substitui qualquer acompanhamento profissional de saúde.
Sente que agora é sua hora de abrir o jogo?
Considere agendar sua leitura de tarô.
Até :)
Marina Jordão é taróloga, comunicadora, pós-graduada em marketing, gestora de conteúdo e idealizadora do Fundamentarô.
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