Como Funciona uma Tiragem de Tarô (Tarot)?
- Marina Jordão
- 31 de mar.
- 8 min de leitura
Atualizado: 25 de mai.
A tiragem de tarô é um processo de interpretação simbólica que facilita a análise consciente das situações pessoais. A partir de imagens e símbolos, o tarô oferece estrutura para refletir com discernimento sobre questões da vida, como dilemas pessoais, decisões difíceis, relacionamentos, vida profissional e outras.
O processo começa com quem consulta trazendo uma situação ou questão. Pode ser uma dúvida, um conflito interno ou simplesmente a vontade de entender melhor o momento atual. A partir disso, a taróloga define a estrutura da tiragem, ou seja, como as cartas serão dispostas na mesa. Cada formato é mais apropriado para cada tema. Há tiragens ideais para relações afetivas, outras mais estratégicas para decisões profissionais, e também aquelas voltadas ao autoconhecimento.
Depois da definição do formato, as cartas são embaralhadas e dispostas de forma randômica. Cada posição tem um papel definido, como mostrar o que favorece a situação, o que bloqueia, o que não está sendo visto ou qual atitude pode favorecer o desfecho. A interpretação de cada carta considera quatro aspectos centrais:
Significado do arcano: qual a mensagem central da carta?
Posição na tiragem: em que contexto essa mensagem se encaixa?
Plano envolvido: o conteúdo se refere ao mental, emocional, material ou filosófico?
Tempo analisado: o que pertence ao passado, o que está em curso e quais são os possíveis desdobramentos?

Além da análise individual de cada carta, há a leitura do conjunto. É nesse cruzamento de informações que o contexto pessoal se forma. O passado e o presente são tratados como fatos, e o futuro aparece como desdobramento potencial.
A força da tiragem não está em controlar o que vai acontecer, mas em revelar com mais nitidez o que já está acontecendo, dentro e fora. O tarô não define o que você deve fazer, mas dá insumos que facilitam decisões coerentes.
Tirar cartas não é sobre ouvir o que se quer, mas sobre estar disposta a se perceber e ver e vida por outras perspectivas. Olhar também para os pontos desconfortáveis provoca amadurecimento. Por isso, não existe tiragem boa ou ruim. E sim, uma conversa franca sobre você e seu momento atual.
Tarô funciona mesmo?
Se você espera respostas diretas do tarô, prepare-se para as nuances. A tiragem funciona, sim, mas não da forma fatalista ou determinista que muitos imaginam. O tarô não decreta o que vai acontecer. Ele informa e orienta com base na realidade que você vive agora, além de apontar tendências.
Confira como ele faz isso:
Dá forma aos sentimentos: as cartas transformam sensações em linguagem visual. Quando a Temperança aparece, por exemplo, ela pode sinalizar uma necessidade de autocontrole e ponderação, algo que você já sentia, mas ainda não tinha racionalizado completamente.
Organiza pensamentos dispersos: a tiragem forma um “mapa visual” que monta seu cenário, como ideias, preocupações e alternativas. Isso facilita ver o que está confuso e entender o que deve ser priorizado.
Conecta os pontos: o tarô mostra ligações entre fatos, pensamentos, emoções e atitudes que parecem desconexos. Ele revela padrões recorrentes e a relação entre o que você sente e como se comporta.
Desafia certezas: enquanto o cérebro tende a pensar de forma binária (certo ou errado, tudo ou nada), as cartas apresentam nuances. Elas ampliam o olhar sobre a situação e questionam crenças enraizadas.
Por que a tiragem de tarô ressoa com tantas pessoas?
O tarô ativa um mecanismo natural da mente humana: a busca por sentido. A combinação de imagens simbólicas, contexto pessoal e reflexão orientada cria um campo fértil para perceber o que, sozinha, a mente não acessaria com tanta nitidez.
Confira como ele faz isso:
Padrões e narrativas: o cérebro humano reconhece padrões e estrutura histórias o tempo todo. A sequência de cartas permite que essa narrativa simbólica seja interpretada dentro do contexto de quem consulta.
Efeito da projeção: as cartas funcionam como espelho. Nelas, projetamos sentimentos, pensamentos e comportamentos que, ao serem vistos de fora, se tornam mais compreensíveis e organizáveis.
Abertura e imparcialidade: as mensagens não são fixas nem dogmáticas. Por isso, pessoas com perfis e visões de mundo diferentes conseguem se conectar ao tarô a partir da própria vivência.
Sincronicidade: muitas pessoas relatam a sensação de que “as cartas certas aparecem no momento certo”. Mesmo sem relação causal, esse efeito reforça a experiência e legitima o processo para quem consulta.
Momento de pausa: só o fato de parar para fazer uma tiragem já cria um estado de introspecção. Isso reforça o foco, a atenção e a escuta de si, facilitando a assimilação das orientações.
Confirmação e validação: muitas vezes, a tiragem confirma algo que a pessoa já suspeitava, mas ainda não tinha elaborado conscientemente. Essa validação facilita decisões e atitudes.
Poder de escolha: o tarô aponta direções, mas não impõe decisões. Ele traz elementos para que a pessoa reconheça suas escolhas com mais consciência.
Tarô é confiável?
A confiabilidade do tarô depende menos das cartas e mais da relação que se estabelece com elas. O que sustenta uma tiragem válida é a seriedade da abordagem, tanto por parte da taróloga quanto de quem abre o jogo. Quando feita com ética e responsabilidade, a tiragem de tarô se torna um recurso útil para ter mais clareza sobre si e seu momento atual.
Uma leitura confiável não entrega verdades absolutas nem respostas prontas. Ela amplia o olhar e provoca reflexões relevantes para você. A legitimidade está na capacidade de organizar e conectar informações para te dar clareza.
Na prática, as tiragens mais proveitosas são aquelas em que a taróloga atua como facilitadora: alguém que sustenta a tiragem com escuta, técnica e imparcialidade. Uma boa profissional sabe onde termina a interpretação e onde começam os limites éticos. Evita afirmar o que não pode ser afirmado e respeita o direito de escolha de quem abre o jogo.
O valor do tarô está em sua estrutura simbólica e na narrativa criada. As imagens das cartas ativam conexões que a lógica linear nem sempre alcança. Isso explica por que muitas pessoas saem de uma tiragem com boas sacadas, mesmo que não tenham qualquer crença espiritual envolvida. O tarô não exige fé , mas a disposição para pensar e questionar.
No fim, confiar no tarô é confiar no processo. As cartas não mentem, mas as interpretações podem falhar, principalmente quando feitas de forma leviana ou enviesada. O que garante a confiabilidade da tiragem é a forma como ela é conduzida e a postura de quem participa.
O que o tarô pode revelar?
Uma tiragem de tarô pode revelar mais do que você espera, desde que as expectativas estejam bem ajustadas. O objetivo não é prever com exatidão, mas observar com profundidade. Qualquer situação pode ser analisada: relações, trabalho, finanças ou dilemas internos. O tarô confirma o que você já intui, e também aponta detalhes e conexões que ainda não foram percebidos.
No geral, toda dúvida bem formulada pode ser respondida. O problema é que, por hábito, buscamos respostas objetivas: sim ou não, certo ou errado. Mas o tarô não funciona como atalho ou sentença final.
As cartas atuam como conselheiras lúcidas: observam o cenário, ponderam possibilidades e mostram o que está em jogo. Elas dão um apoio para organizar seu pensamento, entender o que sente e avaliar com mais critério suas decisões. Nã há promessas, mas articulação lógica.
Quais perguntas fazer ao tarô?
Muita gente ainda associa o tarô exclusivamente ao espiritual, o que pode limitar seu uso e criar frustrações. Embora algumas profissionais sigam por esse caminho, existem abordagens mais centradas no contexto, na escuta e na análise simbólica da situação. Quanto mais informações você compartilha, mais coerentes são as respostas.
A forma como você pergunta ao tarô faz diferença. Em momentos de incerteza, é comum buscar respostas binárias, como sim ou não. Mas o tarô é mais complexo do que isso. Ele trabalha por nuances, contextos, contradições e desdobramentos. Por isso, uma boa dica é formular perguntas que mantenham o poder de decisão e com você. Veja exemplos:
Em vez de perguntar: "Devo aceitar essa proposta de trabalho?" Experimente: "O que devo considerar antes de aceitar essa proposta?" > Isso facilita a visualização de riscos e oportunidades envolvidos na decisão.
Em vez de perguntar: "Devo terminar meu relacionamento?" Experimente: "Por que não me sinto satisfeita no meu relacionamento e o que devo considerar para me decidir?" > Assim, você entende melhor a dinâmica da relação e identifica se há algo que possa ser ajustado ou se não depende de você.
Em vez de perguntar: "Vou conseguir sair dessa fase financeira difícil?" Experimente: "O que posso fazer para lidar melhor com essa fase e me recuperar financeiramente?" > Isso desloca o foco para atitudes práticas que estão sob sua responsabilidade, em vez de depender de fatores externos.
Esses são apenas exemplos, mas a lógicaé essa: quanto melhor elaborada for a pergunta, mais relevante será a resposta. O tarô estrutura seu raciocínio e fortalece sua autonomia para lidar com as circunstâncias da vida.
Quer agendar uma tiragem de tarô?
Meu nome é Marina Jordão, e há cinco anos o tarô faz parte do meu jeito de pensar. Com apoio das cartas, passei a observar e ajustar emoções e atitudes, além de perceber melhor minhas possibilidades.
Nos últimos dois anos, venho me aprofundando no estudo técnico do tarô. Suas abordagens profissionais e sua conexão com o comportamento humano. Quanto mais conheço, mais percebo a necessidade de desmistificar o assunto com conhecimento fundamentado.
Além disso, estudo áreas do conhecimento humano, como psicanálise, filosofia e sociologia, o que torna as tiragens mais embasadas, inclusivas e seguras.
Como é uma tiragem de tarô comigo?
É como uma conversa honesta e realista sobre você e seu momento atual. Eu interpreto o significado das cartas, contextualizo e oriento conforme aponta o jogo. Faço isso com cuidado e imparcialidade. Em uma tiragem de tarô, a conversa é íntima, podendo ser sobre dúvidas, medos, desejos. Por isso, construir uma relação de confiança é importante.
Confira os passos para realizar sua tiragem de tarô:
Traga sua questão: pode ser um problema, uma dúvida ou uma situação que você quer entender melhor.
Escolha a tiragem e formato: você escolhe entre as opções de tiragem (Cartas na Manga ou Abrindo o Jogo) e decide entre receber uma gravação de áudio com imagem ou fazer uma videochamada.
Preencha um questionário rápido: o formulário ajuda a contextualizar sua questão e, no caso da videochamada, a sugerir uma data para a conversa.
🎧 Se escolheu gravação de áudio e imagem:
Aguarde a tiragem: após responder o formulário, é só aguardar o envio dentro do prazo.
Esclareça: se alguma dúvida surgir a partir da tiragem feita, você pode solicitar um esclarecimento em até 5 dias após receber a gravação.
📹 Se escolheu videochamada:
Aguarde o link de acesso: no dia agendado, você recebe o link de acesso e fazemos a tiragem ao vivo.
Revisite a tiragem e conte sua experiência: depois da leitura, envio a imagem das cartas e uma pesquisa rápida para saber como foi sua experiência.
Meu trabalho com tarô é inclusivo e imparcial, inclusive religiosamente. O que importa é você ter insumos para entender melhor a si mesma e o seu momento atual.
A ideia é que você saia da tiragem mais:
Informada: você entende melhor a si mesma e o seu momento, incluindo seus pensamentos, sentimentos e atitudes, além do que acontece apesar de você (outras pessoas e circunstâncias).
Alinhada: com mais consciência sobre o que está acontecendo, do que você sente e como age, é mais fácil tomar decisões coerentes ao que você quer.
Direcionada: você entende como agir para colher o melhor das situações.
Sacando tudo: com informações conectadas você entende todo o contexto e amplia sua percepção.
É interessante, mas existe o outro lado. Amadurecer ideias e emoções inclui lidar com nossas próprias dores e inseguranças. Por isso, ao decidir fazer uma tiragem de tarô, certifique-se de estar tranquila e preparada para isso. E claro, esteja ciente que o tarô é um meio complementar, não substituindo qualquer outra forma de acompanhamento de saúde.
Sente que é seu momento de abrir o jogo? :)
Considere agendar sua tiragem de tarô. Caso não, continue por aqui, descobrindo a lógica por trás do tarô.
Até :)
Marina Jordão é taróloga, comunicadora, pós-graduada em marketing, gestora de conteúdo e idealizadora do Fundamentarô.
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